A Yuca anunciou uma rodada série A no valor de US$ 10 milhões, liderada pelo fundo de venture capital monashees. Essa é a segunda vez que o monashees investe na Yuca. Em 2019, ano em que foi fundada, a proptech recebeu um aporte de 6 milhões de dólares em uma rodada que também contou com Creditas, fundo ONEVC, dentre outros investidores. Na Série A, a startup contou também com investidores como Terracota Ventures, ONEVC novamente, além da Tishman Speyer.

A startup quer ir além do modelo atual de coliving, diversificando a oferta com produtos individuais e para famílias, além de avançar na democratização de investimentos imobiliários. Com um modelo de negócios vertical, a Yuca participa de todo o processo de aluguel, desde a aquisição do imóvel, passando pelo o intermédio com o proprietário e pela reforma até a gestão dos apês com os Yukers, como são chamados os moradores dos mais de 500 quartos e um prédio da startup.

“Nossa missão é libertar todo potencial de vida de mais pessoas por meio de um viver melhor. Um bom lar é sinônimo de qualidade de vida e temos certeza de que o reflexo positivo da experiência que oferecemos reverbera por todas as outras partes na vida de nossos clientes. Os resultados mostram que estamos no caminho certo, agora, com esse novo investimento, vamos reforçar nosso time e investir em parcerias estratégicas para seguir ampliando nossa operação”, comenta Eduardo Campos, cofundador e CEO da Yuca.

Uma tendência do mercado imobiliário no pós-pandemia, por exemplo, é que os imóveis comerciais e hoteleiros sejam convertidos em residenciais. “Temos muitos prédios comerciais vazios em São Paulo e o COVID só acelerou esse processo. Vemos esse desafio como uma oportunidade para a cidade aumentar a oferta de moradia sem precisar levantar um só prédio. É a forma mais econômica e sustentável de combater o déficit habitacional da cidade”, pontua Rafael Steinbruch, head de Real Estate e cofundador da startup.

Em novembro de 2020, a Yuca abriu o primeiro FII no mundo com um portfólio majoritariamente de apartamentos residenciais compartilhados (“co-living”), e um dos primeiros fundos voltados a renda residencial no Brasil. Com os recursos da Série A, a startup quer continuar transformando o mercado de investimento em residencial para renda, algo similar aos REITs dos EUA onde os residenciais são a segunda principal classe de investimentos, atrás apenas de infraestrutura.

Além disso, a Yuca vai criar uma plataforma de investimentos para democratizar o acesso ao investimento imobiliário, tornando a operação mais simples, rentável e com mais liquidez para o investidor.

A atual proposta da Yuca envolve também a expansão de seu portfólio de apartamentos para os individuais e teve início no final de 2020. A aquisição de um prédio inteiro na Vila Madalena e de diversos studios em Pinheiros e no Centro em abril de 2021 concretizaram a expansão, já totalizando 25% dos produtos da startup em moradias individuais.

Outra área da startup que registra constante expansão é a de contratações. “Acompanhando o crescimento, também pretendemos ampliar nossa equipe com o objetivo escalar a capacidade operacional da Yuca, aumentando especialmente os times de tecnologia e produto em três vezes, aumentando de 20 para 60 pessoas”, pontua o CEO.

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