Foi aberta nessa semana no centro de São Paulo a Casa PretaHub, um espaço voltado ao fomento da transformação digital de negócios criados por empreendedores negros. Pensada, inicialmente, para ser o primeiro coworking para afroempreendedores, a proposta foi reformulada com a pandemia, tornando-se um espaço para desenvolver negócios.

De forma gratuita, os frequentadores terão acesso à internet, salas individuais, estúdio de audiovisual para gravação de música e podcasts, cozinha industrial para gravação de programas de gastronomia, impressoras 3D, biblioteca, ambiente de loja compartilhada e uma galeria de arte abastecida constantemente com obras de artistas negros. 

“Acredito que esse seja um importante passo para o ecossistema. Pensamos a Casa  PretaHub com uma ideia de bioma e queremos formar uma grande comunidade de empreendedores que se apoiam mutuamente dentro desse espaço de compartilhamento de infraestrutura e saberes. O plano é levar o conceito para outros Estados, como em Cachoeira, na região do Recôncavo, na Bahia, ampliando cada vez mais essa rede”, explica Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e presidente da Feira Preta. 

A Casa, uma iniciativa da PretaHub, ocupa dois andares de um prédio na avenida Nove de Julho,  totalizando 530 m², e nasce com o propósito de se tornar uma franquia social e ter o formato replicado em outros Estados.

Criadora da Feira Preta, Adriana também precisou se digitalizar para seguir com os inúmeros projetos programados para 2020. “Estamos enfrentando o desafio da transformação digital, e estamos todos aprendendo É muito legal poder trazer empreendedores, criadores e autônomos para ocupar e prestar serviços na Casa e auxiliá-los nessa gestão do negócio e letramento digital a partir de um espaço físico”, comenta. 

Com parceiros como Extra, por meio do Instituto GPA, Facebook, Fundação Tide Setubal e Mercado Livre, a Casa Preta Hub conta com uma estrutura com 6 salas, 2 estúdios, cozinha para produção de conteúdo e cozinha pop up, espaço maker, espaço para exposição de artistas visuais, loja compartilhada e biblioteca de livros e vinil. O projeto da Casa PretaHub foi desenvolvido pela engenheira Mabi Elu e pela arquiteta Francine Moura. 

“O Extra tem como compromisso a inclusão e a construção de uma sociedade mais igualitária, a partir do apoio a iniciativas que reduzam as desigualdades e fomentem o empoderamento e a autonomia. Por isso, acreditamos que o apoio à Casa Preta Hub significa impulsionar a geração de oportunidades do ecossistema de empreendedorismo negro”, afirma Susy Yoshimura, Diretora do Instituto GPA. 

A inauguração está atendendo aos protocolos sanitários e de distanciamento social da OMS. Durante a pandemia, o espaço terá a circulação de pessoas limitada.