A Méliuz abriu capital nesta quinta-feira na B3, com queda de 15% no preço das ações. O preço de referência da fintech havia sido fixado em R$ 10,00, mas às 10:15 as ações estavam cotadas em R$ 8,50. Às 10:30, o preço já havia subido para R$ 9,56, 4,4% abaixo do valor de referência.
O IPO da Méliuz foi o primeiro a ser realizado após a reforma do prédio da B3, e contou com um evento híbrido, presencial e online. Parte dos convidados entrou por videoconferência
A Méliuz foi o 22º IPO realizado na B3 este ano e o segundo no setor de tecnologia, depois da Locaweb. A abertura de capital será seguida pela da Wine, prevista para esta sexta-feira, 6 de novembro, e pela do Enjoei, agendada para a próxima segunda-feira, 9 de novembro.
Os investidores que fizeram as reservas das ações têm até amanhã para liquidarem suas operações.
Startups fazem IPO no Brasil
No prospecto depositado na CVM para o registro do IPO, a Méliuz reportou R$ 90,5 milhões em receita em 2019, 83,5% acima do ano anterior. No primeiro semestre deste ano o ritmo de crescimento continuou acelerado, 60,1%, com R$ 62,2 milhões em receita.
As margens da empresa também estão positivas. Em 2019 a Méliuz saiu de um EBITDA negativo de R$ 7,2 milhões para um positivo em R$ 10,5 milhões. No primeiro semestre deste ano o EBITDA cresceu 418%, de R$ 3,7 milhões para R$ 19,5 milhões.
O prospecto destaca que o modelo de negócios da empresa “é asset-light e flexível, sendo focado exclusivamente no fornecimento de soluções digitais para que nossos parceiros promovam as suas marcas, aumentem o volume das suas vendas e a capilaridade da sua atuação”. O material destaca a ausência de estoques e análise de crédito, que é responsabilidade dos parceiros, e o baixo custo de atendimento, assegurado graças a automação de 58% dos tickets.
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Crédito da foto: reprodução YouTube B3