A fintech BLU365, de recuperação de crédito, lançou um fundo de R$ 50 milhões para compra de cerca de R$ 1 bilhão em carteiras inadimplentes. Batizado de BLU Cash, é mais uma oferta para as empresas que precisam recuperar créditos de clientes devedores.
De acordo com o CEO da empresa, Alexandre Lara, “a BLU365 foi sempre o parceiro estratégico de preferência das empresas para otimização de sua gestão e o lançamento do BLU Cash é um processo natural, que reforça nossa busca de sempre levar às empresas soluções que ajudam a otimizar os resultados de suas carteiras inadimplentes”, diz o executivo.
O BLU Cash nasceu após a companhia perceber que muitas empresas clientes estavam precisando de liquidez imediata para enfrentarem a crise provocada pelo novo Coronavírus e o aumento de inadimplência. Assim, passou a oferecer a fintechs, financeiras, universidades e varejistas alternativas de funding e de melhorias na qualidade de seu caixa por meio da compra de suas carteiras inadimplentes. O BLU Cash já conta com mais de R$ 1 bilhão em carteiras inadimplentes avaliadas para compra.
A fintech usa algoritmos de machine learning e inteligência artificial para entender a capacidade de pagamento dos consumidores inadimplentes. Seu principal ativo são modelos estatísticos avançados para fazer previsões em relação ao pagamento de dívidas. Os algoritmos conseguem combinar probabilidades para responder questões sobre os perfis de cada cliente. Até o final do ano, 75% de toda a operação será totalmente automatizada e regida pelos algoritmos.
No BLU Cash, os algoritmos de machine learning ajudam a agilizar e tornar mais precisas as análises de crédito e de valor de carteiras. “Somos uma fintech e utilizamos algoritmos sofisticados que entendem o comportamento dos consumidores e a sua capacidade de pagamento. Assim, podemos precificar rapidamente a carteira e gerar liquidez imediata para as empresas. Os diferenciais são a velocidade e o foco para chegar a um preço justo. A modelagem financeira é transparente, com premissas e cenários em acordo com as empresas”, complementa Lara.
A fintech já recebeu aportes dos fundos Monashees, Distrito, Plug and Play e outro que será anunciado brevemente. Há ainda investidores pessoa física, como Eduardo Guimarães, economista com mais de 20 anos de carreira em Investment Banking no Brasil e no exterior, com passagens pelo Itaú BBA, BofA, Goldman Sachs e UBS. “Investi na BLU pois identifiquei nela um ângulo diferenciado para participar do mercado de recuperação de crédito que, como sabemos, é enorme e bastante ineficiente. Acredito que a aplicação de inteligência artificial pode criar um novo paradigma neste setor”, diz.
“As empresas que procuram o BLU Cash não eram atendidas pelas empresas tradicionais e buscam alternativas inovadoras no mercado”, diz Lara. “Nosso objetivo é compartilhar com nossos clientes os benefícios de nossa eficiência operacional baseada em Data Science. Queremos estabelecer uma relação de longo prazo com eles. Da mesma forma que, há anos, temos ajudado os consumidores a pagar seus débitos e a reassumir o controle de sua vida financeira, agora queremos ajudar as empresas a ficarem no azul, nos 365 dias do ano”, explica ele.
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