A plataforma Ativus, da Bart Digital, registrou títulos agrícolas de garantias de crédito equivalente a uma movimentação de R$ 3,2 bilhões. nas culturas de soja, milho, algodão e café, da safra 2020/2021. A plataforma permite o registro eletrônico da Cédula de Produto Rural (CPR), um título registrado em cartório que indica a promessa de entrega futura de produtos rurais. A CPR é utilizada como garantia de operações de crédito rural.
Com a pandemia, a necessidade de modernizar processos até então analógicos foi um dos grandes obstáculos do mercado agro. Diante deste necessário, a Bart Digital antecipou o lançamento da Ativus, uma plataforma construída para viabilizar a emissão e registros de recebíveis completamente eletrônicos. A Ativus registra a versão eletrônica do CPR, o e-CPR.
“Alguns cartórios deixaram de realizar atendimentos presenciais e o registro eletrônico foi a única alternativa para a formalização das garantias agrícolas. Além disso, com o distanciamento social, o produtor rural passou a ficar mais na fazenda, limitando seu deslocamento para coleta de assinaturas em punho e registros em balcão de cartórios”, explica Mariana Bonora, CEO da Bart Digital.
“A pandemia chegou quando as empresas ainda estavam pensando em soluções digitais. Nós optamos por antecipar o lançamento da Ativus, de julho para março, porque entendemos que, assim como outros setores da sociedade, era urgente a adequação do mercado agro ao digital”, completa Mariana.
Você sabe o que é a cédula de produto rural (CPR)?
A Bart Digital é uma agtech fundada em 2016 que visa oferecer soluções digitais voltadas ao financiamento agrícola. Desde sua origem, a empresa buscava desenvolver soluções de registro eletrônico de títulos agrícolas. O nome vem de Barter, uma negociação realizada entre produtores rurais e empresas de insumo. Nela não há intermediação monetária e o acordo é realizado antes da colheita por meio do CPR.
A startup foi acelerada pela Startup Farm, pelo Pulse, Hub de Inovação da Raizen e receberam investimento da SP Ventures. Ela é dirigida por sua fundadora, a advogada Mariana Bonora, que também é membro da Diretoria da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs).
Ainda em linha com a nova legislação, a agtech também oferece aos seus clientes a possibilidade de realizar o registro centralizado de suas cédulas. “O desafio agora é disponibilizar uma interface simples e amigável para que todos os elos da cadeia agrícola possam adequar seus recebíveis à nova regulamentação”, conclui Mariana.
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Crédito da foto: Image by Charles Echer from Pixabay