O CADE aprovou nesta quarta-feira, sem restrições, a aquisição da Linx pela Stone, dez meses após o primeiro anúncio sobre a operação. A decisão, tomada por unanimidade, reitera a decisão original da Superintendência Geral do órgão, rejeitando assim o recurso apresentado pelas empresas de pagamentos Adyen, Safra e Cielo.
No comunicado sobre a decisão, as empresas Linx e Stone informaram que “o objetivo da combinação de negócios de ambas as companhias é aprimorar a oferta de soluções completas de gestão e pagamentos, facilitando o dia a dia do negócio do empreendedor brasileiro e potencializando a inovação e a transformação digital de todo o comércio brasileiro”.
“Estamos muito felizes com este desfecho”, ressalta Lia Matos, COO e CSO da Stone. “Essa união reforça a missão da Stone de ser a principal parceira do empreendedor brasileiro e abre um universo imenso de oportunidades de crescimento e inovação para nossos times internos e parceiros, mas, principalmente, para os nossos clientes”, completa.
A operação enfrentou resistência primeiro da TOTVS, que apresentou uma oferta concorrente à da Stone pela Linx. A oferta da TOTVS foi rejeitada pela assembleia de acionistas da Linx, seguindo recomendação do conselho de administração.
No CADE, a operação enfrentou os temores das empresas de pagamentos, preocupados com o poder de fogo que a Stone ganharia na base de clientes da Linx, potencializada pelo acesso diferenciado a informações de fluxo de caixa processado pelos sistemas da empresa de software.
No entendimento original do CADE, mantido pelo tribunal, “a autoridade de defesa da concorrência dispõe de instrumentos para endereçar eventuais danos à concorrência em sede de repressão a condutas anticompetitiva”. Por isso, o órgão preferia, desde a primeira decisão, aprovar a operação e monitorar os seus efeitos posteriormente.
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